Éramos só quatro, chegamos, um, a um, ficamos ali a espera da chamada, tinham-nos dito que deveríamos subir até ao andar de cima por uma escada em caracol, mas em vez de subir ficamos, ali, a falar de tudo e de nada porque o tempo precisava passar.Vieram-nos chamar e subimos as escadas, para uma sala com cadeiras, estrategicamente arrumadas, diante duma mesa enfeitada, com um centro de flores e rodeada por outras cadeiras, onde o júri se sentou.As minhas pernas tremiam, o coração acelerou dentro do peito, não fui a primeira, mas o momento da minha apresentação aproximava-se, e de repente lá estava eu a falar da minha infância, adolescência, alegrias, fracassos e sonhos no meu percurso de vida que fizeram a minha história. Conclui o 12º ano, que bom, capacitei-me para seguir em frente, aprendi a entender, esta nova era tecnologicamente globalizada, que me encoraja a aventurar-me noutras aprendizagens nestes tempos modernos e poder sentir-me um ser útil e capaz, ainda que a idade vá avançando.No final saímos todos a sorrir, felizes, porque os objectivos de cada um naquele momento, estavam cumpridos.As guitarras concentradas no CD de playback tocaram no pequeno leitor de CDs e cantou-se o fado.
Obrigadas as técnicas e professoras, colegas e amigas que acreditaram em mim e não me deixaram desistir, que me animaram quando os pensamentos de derrota e fracasso atormentavam o meu coração.
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